Se foi mais ou se foi menos nunca se saberá com certeza
Mas aceitos os parâmetros adotados pela APINCO para calcular o potencial de produção de carne de frango e, dele, extraídas as exportações apontadas pela SECEX/MDIC, conclui-se que a oferta interna de carne de frango no ano que passou diminuiu 1% em relação ao ano anterior e totalizou 9,275 milhões de toneladas.
Essa redução esteve totalmente concentrada no segundo semestre. Pois no semestre inicial do ano, embora a produção total tivesse caído 1,75%, a redução significativamente maior das exportações (queda de volume próxima de 13,5%) redundou em uma oferta interna mais de 3% superior à de idêntico período de 2017. O que, considerado o consumo restrito do período e os custos de produção mais elevados do semestre, ocasionou pesadas perdas ao setor.
Embora também difícil, o segundo semestre foi menos traumático. Porque, afetada pelas perdas da primeira metade do ano, a atividade reduziu a produção em 3%, enquanto, concomitantemente, as exportações se recuperavam e fechavam o semestre com aumento próximo de 3%. Resultado: a disponibilidade interna recuou quase 6% em relação ao segundo semestre de 2017 e proporcionou ao setor um período de maior equilíbrio de mercado.
Com esses resultados, a oferta interna de 2018 – que, embora por pequena diferença (pouco mais de meio por cento em relação a 2015), havia registrado novo recorde em 2017, retrocedeu a volume próximo do registrado dois anos antes, em 2016, o menor do quadriênio.
Além disso, o que se constata (gráfico abaixo, à direita) é que há quatro anos a oferta interna permanece em relativa estagnação – claro, não por vontade da avicultura. O setor conta que essa fase seja superada em 2019.